segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Túnel do Tempo: Keke Rosberg...

Keijo Erik Rosberg ou simplesmente Keke Rosberg foi um popular piloto de Fórmula 1 no princípio dos anos 1980 e, apesar de seu local de nascimento (Suécia), foi primeiro piloto da Finlândia na categoria.

Keke começou relativamente tarde sua carreira na Fórmula 1, estreando com 29 anos de idade depois de passar pela Toyota Atlantic series, Formula Vê, Fórmula 5000 e pela Fórmula 2. Ele foi contratado pela equipe Theodore de Teddy Yip em 1978. Teddy não tinha conseguido qualificar a equipe com o antigo piloto e escolheu Keke para substituí-lo. Keke ganhou uma corrida na chuva em Silverstone, com um carro claramente inferior, mas que não valia pelo campeonato. Apesar disso Keke só conseguiu qualificar a equipe Theodore para o Grande Prêmio da África do Sul e o carro foi abandonado no meio da temporada.

Em 1979, a ATS ofereceu uma vaga para Keke, mas ele resolver correr em outra categoria (CanAm). Depois da aposentadoria de James Hunt, logo após o GP de Mônaco, a equipe Wolf escolheu Keke para substituí-lo. Nesta temporada a melhor colocação de Keke foi um nono lugar.

Em 1980 a equipe foi vendida para Emerson Fittipaldi. Na primeira corrida terminou em terceiro e durante a temporada não conseguiu nenhum outro resultado expressivo. Em 1981, teve um ano difícil chegando a não se qualificar para várias corridas.

Em 1982 conquistou seu único título na F1.

Na foto uma bela lembrança: Keke Rosberg, equipe Wolf-Ford WR7, no GP da França de 1979, em Dijon-Prenois. Largou no 16º lugar e chegou na nona posição da prova. A corrida foi vencida pelo francês Jean-Pierre Jabouille, da Renault. O canadense Gilles Villeneuve, da Ferrari, foi o segundo, e René Arnoux, também da Renault, o terceiro.

Recordar é viver...

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Tributo a Luís Pereira Bueno - o "Peroba"

Amigos, nesta semana perdemos um ícone do automobilismo nacional: Luís Pereira Bueno, o Peroba, já relatado aqui....

E eu presto a ele minha singela homenagem. Um grande momento de sua carreira, no GP Brasil de 1972, em Interlagos, quando o circuito foi homologado para receber a F1.






É de encher os olhos...

Amigos, nos testes de hoje em Jerez - Espanha, me veio na mente a lembrança de outros tempos: tempos de Emerson Fittipaldi, Ronnie Petterson, Mário Andretti, Nigel Mansel, Elio de Angelis e claro, Ayrton Senna. Todos guiaram a Lotus de outrora.

E vendo as fotos da Lotus-Renault me enchi de saudades... e vou dividí-las com vocês... apreciem sem moderação.





 É de encher os olhos...

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Da Índia pro mundo: vem aí o VJM04...

Após o anúncio de que lançaria seu bólido na internete em tempo real, a Force India exibiu o modelo 2011 VJM04 (estilo quadrado). Porém, não contava com o excesso de usuários on line no site oficial da equipe e com isso o sistema caiu.

Mas pelas imagens deu pra ver que a equipe indiana aposta na entrada de ar dupla para o motor, lançada pela alemã Mercedes no ano passado.

Esta é a segunda equipe a adotar a solução nesta temporada. A primeira foi Lotus Team. Esta, aliás, é a grande novidade do VJM04, que tem um bico alto e largo. O modelo parece pouco com o usado em 2010, que andou na primeira sessão de testes deste ano, em Valência. A Force India estreou o carro nas atividades em Jerez de la Frontera, no sul da Espanha nesta semana.

As laterais do carro são mais altas, para a acomodação do Sistema de Recuperação de Energia Cinética (Kers), com entradas de ar para os radiadores menores do que as das outras equipes deste ano. A asa dianteira é uma das partes mais complexas do carro, com várias aletas com função aerodinâmica. A esperança é que o modelo melhore a posição do time, sétimo em 2010.

O alemão Adrian Sutil e o escocês Paul di Resta serão os responsáveis por pilotar o VJM04 nesta temporada. Uma das revelações de 2010, Nico Hulkenberg será o reserva da equipe indiana e andará nos primeiros treinos livres de sexta-feira em todos os GPs.

Vamos aguardar...

Valeu 'Peroba'

Na manhã do dia 08/02 silenciou-se a voz de um dos pioneiros do automobilismo brasileiro. Luiz Pereira Bueno faleceu aos 74 anos em sua casa, no município de Atibaia, em São Paulo. O 'Peroba', como era conhecido, não conseguiu resistir ao câncer contra o qual lutava desde  2010.

A carreira de Luizinho começou ao lado de Bird Clemente nas clássicas Mil Milhas Brasileiras, em Interlagos, em 1958, depois de passar a adolescência dividido entre os estudos e a oficina de seu cunhado.

No fim da década de 1950, entrou no departamento de competição da Willys. Em 1964, participou de sua primeira corrida internacional, as 200 Milhas de Montevidéu, no Uruguai.

Cinco anos depois, fez a sua estreia na F-Ford, com Stirling Moss como seu chefe de equipe. Mesmo tendo entrado no meio da temporada, foi vice-campeão.

Em 1971, iniciou sua participação na equipe Hollywood, uma das mais marcantes da história do automobilismo brasileiro, da qual chegou a ser coproprietário. No ano seguinte, disputou a primeira prova da F1 no Brasil, em uma corrida extracampeonato. Terminou em sexto, o último dos que completaram, numa ascensão de quatro posições em relação à largada.

Bueno fez sua estreia oficial em uma corrida de F1 em 1973, também no Brasil. Luizinho enfrentou problemas no carro da Surtees que pilotou em Interlagos, terminando a prova em 12º.

É considerado por Emerson Fittipaldi como um dos pilares do automobilismo brasileiro, ao lado de Chico Landi, Bird Clemente, Marinho, Wilson Fittipaldi e José Carlos Pace.

Ao eterno 'Peroba', rendo aqui minha homenagem e que continue a "escorregar" nas quatro ai no céu...

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Primeiros testes...

Os resultados que vimos nos três dias de treinos coletivos da Fórmula 1 em Valência, realizados de terça até quinta no circuito Ricardo Tormo, não nos permitem criar uma expectativa concreta para essa temporada. Principalmente pela presença de alguns carros da temporada passada e porque muita coisa ainda vai mudar antes do campeonato propriamente dito começar.
 
O melhor tempo geral dos três dias veio no último, com o polonês Robert Kubica a registrar 1′13″144 com a Lotus-Renault R31 dotada do interessante escapamento frontal – que aliás, já suscitou dúvidas: se o motor estourar e houver incêndio, o que pode acontecer ao piloto?

Vale lembrar que Force India e McLaren, que cravaram respectivamente 2º e 3º tempos com Adrian Sutil e Jenson Button, ainda estavam com os modelos do ano passado, que não deverão ser mais testados. A diferença registrada de oito décimos entre a Lotus-Renault de Kubica e a Red Bull de Mark Webber, quarto mais rápido no último dia, não denota uma superioridade do carro preto e dourado sobre os demais – mas sim que o time campeão do mundo está preocupado principalmente com a confiabilidade do RB7.

Confiabilidade, aliás, que já faltou na Ferrari. O carro sofreu um pequeno incêndio. E logo com quem? Felipe Massa, após 12 voltas de treino na parte da manhã. Depois disto, ele foi o quinto melhor da sessão, tendo completado 80 voltas no total.

Por fim, vimos tempos muito próximos entre Mercedes, Sauber, Williams e STR, além das nanicas Virgin e Hispania registrando tempos que logicamente não iludem ninguém. Ambas também testaram com os carros de 2010, o que só serviu para que as duas escuderias ganhassem mais feedback para os próximos testes. Na segunda-feira, será lançado o novo carro da nova associação Marussia-Virgin. A Hispania seguirá treinando com o modelo do ano passado e, por enquanto, só com Narain Kartikheyan.

A Lotus esteve também participando dos testes, mas o T128 foi um dos que menos andou. O carro só entrou na pista no segundo dos três dias previstos e Jarno Trulli andou só 38 voltas no cômputo do terceiro dia. A justificativa piloto do italiano foi a seguinte: falta de peças para o carro novo.

As equipes continuam na Espanha para mais uma bateria de treinos. Mas não em Valência. Os caminhões já se dirigem para a Andaluzia, onde fica o circuito de Jerez de la Frontera. Lá, conheceremos o real potencial da McLaren MP4-26 e o novo bólido da Marussia-Virgin.

Em busca do título....

A McLaren exibiu nas ruas de Berlim, a capital da Alemanha, o novo carro da tradicional equipe britânica para o Mundial de Fórmula 1 deste ano. E foi um lançamento para lá de criativo de um carro igualmente cheio de novidades, talvez as maiores, deste ano.

Para começar, o chassi  – unicamente montado com o cockpit, a célula de sobrevivência, o motor e os sistemas de freios, apareceu no meio da rua em Berlim, aos olhos de uma multidão de curiosos. Alguns minutos depois, com aerofólios traseiros e dianteiros montados, além da cobertura do motor e das rodas e pneus, “nascia” o MP4-26.

O conceito do novo bólido é bastante diferente do que já se viu na pré-temporada inteira. Para quem achou ‘interessante’ a ideia da Lotus-Renault em colocar as ponteiras de escapamento nas laterais da R31, os engenheiros da McLaren se superaram. A ousadia aerodinâmica do projeto aparece nas entradas de ar laterais do motor Mercedes-Benz. Vistas de frente, elas são mais altas e proeminentes que qualquer outro F-1 deste ano. Além de possuírem formato em “L”.

Não obstante, outra solução inovadora é um inédito duto de ar frontal pouco depois do santantônio, no capô do motor. A McLaren segue também explorando o blown diffuser.

Se na aerodinâmica, o carro é inovador, criativo e interessante, a programação visual não sofreu qualquer alteração, como chegou a se especular antes dos testes. O MP4-26 segue com o matiz prata, com aplicações de preto fosco e vermelho, cortesia dos principais patrocinadores, que continuam os mesmos: a Vodafone e o Banco Santander.

Evidente que este MP4-26 nem será o mesmo quando no dia 11 de março começarem os primeiros treinos livres para o GP do Bahrein. Mas se de saída os pilotos Lewis Hamilton e Jenson Button sentirem que o carro é bom como de fato visualmente mostra que poderá ser, sai de baixo. Teremos uma fortíssima dupla candidata ao título mundial deste ano.

Enfim, a nº 1

Com a felicidade por ostentar os números #1 e #2 pela primeira vez em toda sua história, a Red Bull Racing reuniu a imprensa em Valência, assim como Mercedes e Toro Rosso, e mostrou oficialmente o novo carro, o RB7, com o qual pretende conservar os títulos mundiais de pilotos e construtores.

A equipe sediada em Milton Keynes, mas de origem austríaca, sabe que em razão das mudanças de regulamento propostas pela FIA, com o fim do difusor duplo e da barbatana de tubarão, a volta do KERS e os novos pneus da Pirelli, todo mundo é obrigado a começar praticamente do zero. Foi assim que Adrian Newey trabalhou nos conceitos deste novo bólido, mas sem esquecer dos seus toques de genialidade.

Além da nova asa traseira, Newey concebeu o RB7 com uma frente mais “esticada” e para melhorar o centro gravitacional do bólido, o motor foi posicionado um pouco mais ao alto. Donde se conclui o porquê da cobertura do propulsor estar com a altura no limite do aerofólio traseiro. E é sempre na busca dessas soluções que o engenheiro que já passou por Williams e McLaren mostra porque está um passo a frente dos demais.

Christian Horner, o chefe da equipe campeã, se apressou também em dizer que a equipe não está “arrogante” por ostentar os números #1 e #2 em seus carros na temporada de 2011. Mas sim “confiante” em poder repetir a dose com Sebastian Vettel ou Mark Webber.

“Não custa nada lembrar que somos uma equipe independente”, disse Horner. “Vamos para um novo ano muito, mas muito motivados e comprometidos”, concluiu.